Rugby

E se Portugal, por causa do 4.º lugar na fase de grupos deste … – Tribuna Expresso


Mantenhamo-nos a ovalizar a história. No fim de semana, Portugal fechou a participação no Mundial de râguebi com a por demais histórica vitória (24-23) contra as Ilhas Fiji sobre a qual já se derramaram lágrimas de alegria no relvado, entre abraços e corpos postos às cavalitas, fizeram-se diversas eulogias e cuja euforia levou a uma apoteótica receção no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa e esta terça-feira, onde centenas de eufóricos deram aos jogadores da seleção umas boas-vindas a honrarem o seu feito.

Quem sabe se, daqui por uns tempos, a proeza dos ‘Lobos’ não se venha a agigantar um pouco mais por força do contexto em que se forçaram a estar com a conclusão da fase de grupos. A Tribuna Expresso sabe que a World Rugby, sem nada garantir, vai ponderar a hipótese de conceder a qualificação direta para o próximo Campeonato do Mundo a Portugal, que ficou em 4.º lugar do Grupo C, devido à 3.ª posição ter sido ocupada pela Austrália, país que será anfitrião do torneio em 2027. A explicação para tal possibilidade vem da forma como o râguebi aloca as vagas para a edição seguinte do maior dos seus torneios consoante a prestação das equipas na presente edição.

O atual formato dos Mundiais com 20 seleções divide-as por quatro grupos de cinco, nos quais os três primeiros classificados de cada um garantem a presença na edição seguinte da prova. Conquistada a vitória contra os fijianos, pouco depois houve uma conversa entre responsáveis da Federação Portuguesa de Râguebi e da entidade que manda na oval a nível internacional pela situação inédita: como as Fiji lograram o ponto (bónus defensivo por perderem por menos de sete pontos) que necessitavam para garantir a vice-liderança do grupo, os australianos foram, pela primeira vez, eliminados de um Campeonato do Mundo antes dos quartos de final.

Mas a questão era o seu terceiro lugar no grupo.

Não seguindo para a fase a eliminar e terminando nessa posição, ficariam os Wallabies com a vaga automática para 2027 quando já têm presença garantida no torneio por serem os anfitriões? Sendo essa vaga, previsivel e obviamente, concedida a outra seleção, o critério seria atribuí-la à que ficou classificada logo atrás, ou iria antes ser atribuída à fase de apuramento regional da Oceânia, por exemplo? São questões e ponderações que a World Rugby fará. Questionada sobre a possibilidade de Portugal ser o feliz contemplado e quando será de esperar uma decisão, a entidade ainda não respondeu.

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No mesmo dia do regresso dos ‘Lobos’ a Portugal, horas antes, a World Rugby aproveitou a pausa com que o Campeonato do Mundo se deixa marinar entre fase de grupos e quartos de final para ter, mais uma vez, alguém a louvar as prestações de nações do Tier 2 no Mundial, de novo vendendo as juras da entidade em trabalhar para estreitar as diferenças dessas seleções para as do Tier 1. O tema invariável é arranjar forma no calendário internacional de encafuar mais jogos entre esses país, rompendo o circuito fechado que existe – o anual torneio das Seis Nações na Europa poucas amostras tem dado de admitir uma mudança de formato que, por exemplo, incluísse equipas como Geórgia, Portugal ou Roménia num sistema de duas divisões com promoção e despromoção.

Sobre o tópico de “maiores oportunidades de melhorarem no palco internacional”, Michel Poussau, diretor da World Rugby para o Mundial, garantiu ao “The Guardian” de que todos “irão ter novidades em breve”, dizendo que é pelos “países participantes” no torneio que a organização tem de “providenciar maior certeza” quanto a caminhos claros para a competitividade aumentar. E o dirigente escolheu Portugal como caso concreto, elogiando a prestação “heroica” dos ‘Lobos’ quando questionado acerca da muito falada hipótese de o Campeonato do Mundo ser alargado para 24 seleções.

Michel Poussau defendeu que “todos estão a tentar reduzir a diferença” e ajudar as seleções do Tier 2 – além da portuguesa, outros exemplos, seja qual for o nível, são o Japão, as Fiji, a Geórgia, o Tonga, a Samoa ou o Uruguai – a terem “mais jogos” contra “mais nações do que aqueles que têm atualmente”. De momento, os próximos e conhecidos jogos que a seleção nacional tem agendados serão contra Bélgica, Polónia e Roménia, mas só em fevereiro, quando arrancar o Rugby Europe Championship, mais conhecido como um Seis Nações B.

Os dois primeiros adversários nunca competiram em Mundiais e são, em teoria, inferiores a Portugal, com os resultados recentes a ilustrarem-no. A Roménia tem mais presenças no pináculo do râguebi e esteve presente neste torneio, mas, comparando com a seleção nacional, os vizinhos do Leste europeu perderam os seus três primeiros jogos por mais de 70 pontos (contra Irlanda, África do Sul e Escócia), antes de serem derrotados (45-24) por Tonga.



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Julieta Elena

Tiene más de 5 años de experiencia en la redacción de noticias deportivas en línea, incluyendo más de cuatro años como periodista digital especializado en fútbol. Proporciona contenido principalmente relacionado con el fútbol, como avances de partidos y noticias diarias. Forma parte de marcahora.xyz desde abril de 2023.

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