Liga dos Bombeiros tem "grandes preocupações" com agravamento da "incapacidade" das urgências – TSF Online
![](https://static.globalnoticias.pt/tsf/image.jpg?brand=TSF&type=generate&guid=2e0c826c-cac7-46d4-86a4-f9c862cf7480&t=20231103163901)
A Liga dos Bombeiros Portugueses alertou esta sexta-feira para a importância de reforçar a capacidade do INEM e dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes para contornar as perturbações nas urgências dos hospitais, assumindo que a situação atual tem provocado “grandes preocupações”.
No Fórum TSF desta sexta-feira, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, assume ter “grandes preocupações” em relação a esta situação, até porque, denuncia, há casos em que os doentes ficam mais de meia hora numa ambulância à espera de saberem para que hospital vão ser encaminhados.
“É uma situação que se tende a agravar à medida que a intermitência das urgências hospitalares está em crescendo”, explica António Nunes, que acrescenta que essa “incapacidade” se tem “difundido pelo território do continente”.
Ao todo, são já perto de 40 as unidades hospitalares afetadas pela recusa dos médicos em fazerem mais horas extra. António Nunes destaca, por isso, que sem um reforço da capacidade do INEM e dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, os utentes podem chegar aos hospitais “com a pior qualidade de atendimento”.
Subscrever newsletter
“Isso traz-nos grandes preocupações, não só pela gestão dos meios, como, acima de tudo, por uma preocupação de que doentes e sinistrados que são transportados para distâncias maiores, podem chegar a esses locais de atendimento com a pior qualidade de atendimento, do ponto de vista de que essa doença está um pouco mais agravada face às distâncias que nós estamos a percorrer”, lamenta.
O presidente da Liga dos Bombeiros reforça, então, que o que está em causa é a “qualidade do serviço” que estes profissionais querem “prestar aos portugueses, aos cidadãos”, afirmando ainda que as ambulâncias “ao percorrem maiores distâncias, são retiradas dos seus locais normais de atuação”.
Para sábado está agendada uma nova ronda de negociações entre o Ministério da Saúde e os sindicatos dos médicos. Há meses que ambos tentam chegar a acordo, mas sem sucesso.
Os médicos têm agudizado a luta, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.