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A sete dias do dérbi lisboeta, a disputar entre primeiro e segundo classificado da Liga Portugal Betclic, o Sporting conseguiu segurar os três pontos de vantagem sobre o Benfica com uma vitória por 3-2 na receção ao Estrela da Amadora.
O triunfo não chegou sem que os leões passassem por algum sofrimento, num jogo que teve curvas e contracurvas até acabar num dos pontos iniciais. Essa alucinante viagem do marcador só acrescentou sabor a um jogo que parecia resolvido ao intervalo, antes de ser colorido com duas reviravoltas e belos momentos de futebol.
Do conforto ao desespero
Não se esperavam facilidades para o Sporting, que este domingo se preparou para enfrentar o melhor Estrela desta temporada. A equipa recém-promovida já tinha perdido com Benfica, FC Porto e SC Braga, mas chegou a Alvalade – pela primeira vez desde 2009 – numa série de três vitórias consecutivas.
A equipa de Sérgio Vieira desde cedo mostrou indícios de que seria um osso duro de roer. Cedeu poucas oportunidades e até conseguiu algumas vezes sair a jogar pelo corredor central, aparentando conforto no jogo, mas ao fim de mais de 300 minutos sem sofrer, teve o primeiro gosto de Viktor Gyökeres… O sueco ganhou a linha e fez o passe para que Daniel Bragança, com classe na finalização, abrisse o marcador.
De repente, a noite passou a ser tranquila, mas essa aparência era ilusória e não muito depois a história foi virada do avesso, levando os da casa ao desespero.
@Kapta+
Léo Jabá foi a figura da surpreendente reviravolta. Foi na voz dele que o Estrela tentou responder ao golo sofrido, com uma grande oportunidade negada por Adán, mas a sorte mudou no início da segunda parte, quando o brasileiro precisou de pouco tempo para se envolver em dois golos: ganhou e cobrou o penálti do 1-1 e cinco minutos depois fez o passe perfeito para que Kikas, lançado ao intervalo, levasse o setor visitante à loucura.
Marcus, a estrela mais brilhante
Se alguns adeptos do Sporting estavam esperançosos de um contexto favorável à estreia de Geovany Quenda, o menino de 16 anos que Amorim convocou, acabaram desiludidos. O cenário era tão difícil que o treinador lançou as armas mais fiáveis que tinha à disposição (Paulinho, Trincão, Inácio e St. Juste) na esperança de o inverter de forma célere.
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@Kapta+
O golo tinha de surgir rápido e foi isso que aconteceu, mesmo que não por obra dos vingadores leoninos. Foi Marcus Edwards, titular até aí desaparecido, que restaurou o empate num lance genial. Este adjetivo que escolhemos nem é exagero, tendo em conta a forma como o inglês contornou meia equipa em drible antes de finalizar com um passe para o 2-2.
Alvalade foi à loucura, dessa vez em todo o lado exceto o setor visitante, mas a escala dos decibéis ainda subiu mais… Nem 10 minutos depois da obra de arte anterior, Edwards optou pelo passe e serviu Paulinho na perfeição! O avançado mostrou os dentes, cabeceou para o golo e as bancadas celebraram o 3-2 com a pura alegria de quem já tinha lamentado uma possível perda de pontos.
Com novo da vantagem, o jogo partiu ainda mais. O leão criou múltiplas chances para celebrar um quarto golo, mas não acertou em nenhuma e ainda tremeu num par de transições do Estrela, antes do apito final confirmar o conforto dos três pontos de vantagem sobre o rival em véspera de dérbi.