Javier Tebas acredita que Mundial'2030 "vai trazer melhorias" a Portugal, Espanha e Marrocos – Record
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Javier Tebasl, presidente da La Liga, sublinhou esta terça-feira que a realização do Mundial’2030 trará benefícios para Portugal, Espanha e Marrocos, países organizadores da competição, nomeadamente ao nível das insfraestruturas.
“Um evento deste tipo é sempre muito importante para os países que o acolhem, porque aproveitam para reformar os estádios e outras infraestruturas. Seguramente que o Mundial’2030 vai trazer melhorias a esse nível e isso é algo importante para as sociedades. Muitas vezes os países desenvolvem-se com estes eventos”, declarou o presidente da liga espanhola, durante uma conferência de imprensa na Web Summit.
O responsável admitiu ainda as enormes expectativas quanto à prova: “Temos todos alguma ansiedade que o evento comece o quanto antes e nas melhores condições.”
Javier Tebas abordou ainda vários tópicos da atualidade desportiva, nomeadamente os relacionados com o futebol espanhol, como o caso Rubiales, caso Negreira e os casos frequentes de racismo com o avançado brasileiro do Real Madrid Vinícius Júnior.
“O chefe de uma empresa, por muito eufórico que esteja, não poderá dar um beijo a uma empregada. É considerado abuso de posição. E tocar nos genitais também. Ele já tinha experiência de muitos anos e nada justifica uma atitude destas. É preciso ter a consciência de que não pode continuar a ser presidente de uma das federações mais importantes do mundo, por não conseguir conter a euforia”, frisou, acerca de Rubiales.
Os cenários de racismo verificados nos estádios de futebol em Espanha, sobretudo os que envolvem Vinícius Júnior, têm merecido “uma atenção especial”, com campanhas a serem efetuadas e algumas com sucesso, exemplificando com uma situação recente.
“Fizemos campanhas contra o racismo e homofobia e vigiamos muito mais, sobretudo nos jogos onde o Vinícius está presente, temos uma atenção especial. Graças a estas medidas, há algumas semanas, num jogo do Real Madrid com o Sevilha, um espetador que o insultou, a imitar um macaco, foi expulso do recinto durante a partida”, contou.
Questionado sobre a saída de alguns futebolistas importantes da Liga espanhola para a Liga inglesa, como o norueguês Martin Odegaard, atualmente ao serviço do Arsenal, o dirigente espanhol, de 61 anos, ripostou com a transferência do alemão Gundogan do Manchester City para o FC Barcelona, e com Jude Bellingham, “o melhor jogador inglês a jogar em Espanha”, nomeadamente no Real Madrid, e que tem tido grande impacto.
“O Bellingham tem tido um impacto muito grande na nossa Liga. É uma figura inglesa que atrai muitíssimo. Sabíamos que era um grande jogador, mas encontramo-nos ante um jogador que está num nível que ninguém esperava. Os impactos económicos [de Bellingham a jogar em Espanha] veremos nas próximas temporadas, se se mantiver no Real Madrid, como é expectável”, considerou Tebas, que preside a La Liga desde 2013.
Javier Tebas voltou ainda a apelar a uma regulação financeira a nível internacional aos clubes europeus, sendo “muito importante a sustentabilidade do futebol europeu”, para que não existam desequilíbrios, apontando aos casos de Manchester City e PSG.