Fútbol

Pedro Proença: “Digo aos clubes que só há um período onde temos … – Tribuna Expresso


A violência na Assembleia Geral do FC Porto marca a atualidade. Em San Sebastián, adeptos do Benfica causaram distúrbios e foram registados confrontos. Quão danosa é esta publicidade para quem quer vender o futebol português como um produto?
O tema da violência do desporto tem tido, por parte da Liga, um papel central no eixo daquilo que nós queremos para a nossa atividade. As últimas alterações da Lei da Violência, embora tenham existido algumas alterações significativas, ficaram muito aquém daquilo que eram as nossas expectativas. E falo, por exemplo, da bilhética centralizada e nominativa, que era um tema que a Liga defendia há muito e que continuará a defender. Nós temos que perceber que quem vai a um espetáculo desportivo tem que estar absolutamente identificado. Isso acontece na Champions, nos Campeonatos do Mundo, nos Campeonatos da Europa. Porque se nós não tivermos a verdadeira coragem de mexer neste tema da violência, aquilo que nós não vamos conseguir, de certeza, é que as famílias voltem novamente aos estádios. Nós não podemos permitir que um pequenino nicho de gente, que se alimenta do futebol, possa criar este clima que divorcia as pessoas do futebol. Porque o futebol não é isto, 98% das pessoas que vai ao futebol vai para ver uma atividade de entretenimento que, por acaso, é o futebol, vai para ter uma boa experiência, para ir a um jogo onde cria emoções.

Sim.
Mas falamos de outras alterações que têm a ver, obviamente, com as medidas acessórias da obrigatoriedade a que os adeptos que são verdadeiramente sancionados têm de se apresentar nas esquadras de polícia, etc, etc. O ID-card era, para nós, absolutamente fundamental e ainda não temos este espaço que, verdadeiramente, seja penalizador para quem não quer estar no futebol, quer utilizar o futebol ou para reter e retirar algo que não é aquilo que nós queremos dar. É fundamental para nós mudarmos e virarmos esta página.

A questão do cartão do adepto, por exemplo, acha que foi incompreendida?
Não, o problema do cartão do adepto foi que houve um erro inicial, porque segregou a tipologia de adeptos. E aquilo que era a proposta da Liga era, sem exceção, que todas as pessoas que fossem a um espetáculo desportivo tinham de ter o ID-card, que é um instrumento que já existe nas competições internacionais e que acaba por não ter este lado negativo, porque, basicamente, associado a esse cartão há um conjunto de vantagens. Não só, obviamente, a questão de eu entro e vou para um lugar que está numerado e absolutamente identificado e tem esta vantagem para que as entidades policiais e outras possam identificar quem é a pessoa que está sentada naquele lugar, mas permite um conjunto depois de vantagens ao adepto do futebol, que pode ir até às vantagens comerciais. É, no fundo, criar aqui uma comunidade, a comunidade do futebol. Nós não queríamos que existissem adeptos de primeira categoria e adeptos de segunda categoria. Portanto, eu direi que a filosofia da criação desse cartão existia, mas depois a sua implementação foi errada.

Depois da Cimeira de Presidentes referiu que existe a possibilidade de antecipação do processo de centralização dos direitos audiovisuais. Isso quer dizer que tal pode ser uma realidade antes de 2028?
Em 2015, quando assumimos responsabilidades no futebol profissional, uma das grandes bandeiras foi o tema da centralização dos direitos. As pessoas associam o tema da centralização dos direitos ao aumento de receita, mas, muito mais do que isso, é a importância de haver uma entidade que regula aquilo que é o produto. E quando se fala de produto é a identidade que se cria numa competição. E isso é fundamental. Neste caso, a Liga ser reguladora desse próprio produto. Obviamente que há sempre uma tendência de dizer que centralizar cria mais riqueza. Claro que sim e obviamente a centralização tem esse objetivo. O tema dos direitos televisivos tem subjacente, por exemplo, aquilo que é a estratégia internacional de uma marca como a marca Liga Portugal e o que isso representa para os 34 clubes, as 34 submarcas que compõem o universo Liga Portugal. E um processo de internacionalização só se faz se o regulador tiver a capacidade de poder escolher geopoliticamente quais é que são os mercados internacionais onde quer penetrar: se é o mercado da saudade, se é o mercado dos jogadores que chegam – numa determinada altura, por exemplo, eram muitos jogadores sul-americanos. O diploma diz que é a partir de 2028, eu diria que já vamos tarde. porque este processo já devia ter começado há muitos anos. Mas, obviamente, é preferível que aconteça em 2028 do que não aconteça. Em 2026 temos de apresentar uma proposta à Autoridade da Concorrência e depois implementar a partir de 2028. Se no meio deste percurso conseguimos antecipar este processo, não vamos rejeitar essa possibilidade.



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Marc Valldeperez

Soy el administrador de marcahora.xyz y también un redactor deportivo. Apasionado por el deporte y su historia. Fanático de todas las disciplinas, especialmente el fútbol, el boxeo y las MMA. Encargado de escribir previas de muchos deportes, como boxeo, fútbol, NBA, deportes de motor y otros.

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