Fútbol

PRIMEIRA LIGA: FC PORTO VENCE CASA PIA E ALCANÇA O "LÍDER" SPORTING (VÍDEO) | RÁDIO REGIONAL – Rádio Regional


Benfica foi de desperdício em desperdício até ao empate final. Mérito do bom jogo do Farense, mas muito demérito de uma equipa que criou muitas oportunidades de golo, fez uma excelente exibição até ao último passe, mas não conseguiu ter eficácia em 36 dos seus 37 remates.

Entrada forte e determinada do Benfica, que queria afastar os fantasmas de Moreira de Cónegos, com Roger Schmidt a fazer apenas uma alteração, entrada de Kokçu por troca com Florentino para dar maior qualidade de passe e velocidade na circulação no meio-campo e uma maior aproximação à área para explorar a boa meia-distância do turco.

O Benfica foi criando e desperdiçando oportunidades, quase todas pelo lado direito com a capacidade técnica de Di Maria e o envolvimento de Aursnes, o melhor da equipa encarnada. Era até com alguma facilidade que o Benfica entrava e desmontava a organização defensiva do Farense, mas no remate final Rafa esteve desinspirado e Tengstedt ainda não parece ter a experiência e à-vontade com a baliza para ser a principal referência ofensiva de uma equipa da dimensão do Benfica. Até poderá vir a ser, mas neste momento não é.

José Mota fiel ao seu sistema predileto 1-4-3-3, apostou no onze que tinha perdido na jornada anterior, no S. Luís contra o Vitória de Guimarães, uma prova de confiança dada aos jogadores, que tem feito uma excelente época. Contou, na noite de hoje, com a ineficácia do Benfica na finalização e com a inspiração de um guarda-redes a exibir-se em excelente plano, mas demonstrou ter uma equipa muito equilibrada no processo defensivo e capaz de ligar bem o jogo ofensivo com Matheus Oliveira a demonstrar que poderia ter tido outro tipo de carreira, se tivesse sempre a atitude que demonstra esta época. Teve a capacidade de saber sofrer no momento defensivo e o mérito de nunca se desorganizar nunca recorrendo a “autocarros” nem antijogo.

Na segunda parte e na sequência de uma bola parada Falcão, que esteve em bom nível, num bom golpe de cabeça inaugurou o marcador e a instabilidade emocional dos jogadores do Benfica e em especial dos adeptos, que tem expetativas demasiado elevadas para esta época, fez-se sentir e o Benfica que fez uma excelente primeira parte, exceto na finalização, passou o seu pior período.

O técnico alemão substituiu João Neves, que não estava a fazer um bom jogo e o ambiente em torno da equipa piorou, porque os adeptos encarnados não aceitaram a saída de João Neves. Na minha opinião a substituição é bem feita porque o Farense estava em bloco baixo, na tentativa de segurar o resultado e os espaços poderiam aparecer à entrada da área onde Kokçu tem mais facilidade de remate. A integração de João Mário no corredor central seria incluir um jogador forte no último passe e com eficácia no remate. No fundo teria de sair um médio e em teoria a ideia era boa, retirou o que tem menor capacidade de finalização. A realidade é que a equipa mesmo assim reagiu, chegou ao golo do empate depois de uma excelente jogada daqueles que foram os dois melhores do Benfica Di Maria e Aursnes, finalizada pelo perdulário Rafa e ainda com tempo para tentar ganhar.

Faltou discernimento, tranquilidade e frescura física para ultrapassar a boa organização defensiva do Farense e a superior exibição de Ricardo Velho.

No Benfica Aursnes foi o melhor, mesmo numa posição que não é sua, tem uma leitura de jogo e tomada de decisão que o faz fazer quase tudo bem, conseguiu projetar-se para o ataque e fazer várias combinações e cruzamentos perigosos, como no golo de Rafa. Di Maria enquanto teve capacidade física também esteve em bom plano (excelente o duelo com Talocha, com ganhos e perdas) e Otamendi não sabe jogar mal. Morato a lateral esquerdo tem muitas dificuldades no momento ofensivo. Nesse aspeto só esteve bem quando solicitado na área para o seu jogo aéreo. Mas o elo mais fraco acabou por ser Tengstdet.

No Farense Ricardo Velho fez uma exibição para mais tarde recordar, na sequência da espetacular época e evolução do guarda-redes que fez a sua formação no SC de Braga. Falcão marcou um bom golo e controlou bem o corredor central sendo um excelente apoio aos defesas centrais e Matheus Oliveira demonstrou classe e capacidade de remate. Nota também para o esforçado Bruno Duarte que me parece num nível superior ao que tinha no Vitória. Mérito de José Mota.

O árbitro Miguel Nogueira acertou quase sempre e apitou pouco o que favoreceu a dinâmica e o tempo útil de jogo. Na minha opinião fica um penalti por marcar por mão de Otamendi que de forma casual, mas com o braço aberto toca na bola. Admito a dúvida do árbitro, mas com recurso às imagens Tiago Martins que estava no VAR poderia e deveria ter dado a indicação da infração.



Source link

Marc Valldeperez

Soy el administrador de marcahora.xyz y también un redactor deportivo. Apasionado por el deporte y su historia. Fanático de todas las disciplinas, especialmente el fútbol, el boxeo y las MMA. Encargado de escribir previas de muchos deportes, como boxeo, fútbol, NBA, deportes de motor y otros.

Related Articles

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Back to top button