Fútbol

«Arthur Cabral não é de fazer dribles como os adeptos gostam»: o alerta de quem treinou avançado – Record


Geninho define o ‘9’ do Benfica como um finalizador que pode resolver jogos



• Foto: Paulo Calado


Em apenas quatro dias, Arthur Cabral passou de mau da fita a herói. Depois de ter reagido com gesto obsceno aos adeptos, na garagem da Luz, sábado, após o encontro com o Farense, o avançado carimbou, terça-feira, a qualificação do Benfica para a Liga Europa (triunfo por 3-1), com um golo de classe, em período de compensação, apenas um minuto depois de ter entrado.

“É um golo que lhe vai dar moral”, perspetiva Geninho, antigo treinador do jogador que o Benfica contratou à Fiorentina, no último verão, por 20 milhões de euros, mais 5 milhões em variáveis.

O experientre treinador brasileiro, de 75 anos, conhece bem o camisola 9 das águias. Foi Geninho quem lançou Cabral na equipa principal do Ceará, em 2015. “Ele era da formação, embora treinasse com a equipa profissional. Vi qualidades nele e lancei-o”, recorda o antigo treinador do V. Guimarães, que conquistou a Supertaça na única época em que orientou os minhotos (1988/89), frente ao FC Porto.

Cabral tinha então 17 anos, mas já se destacava como ponta-de-lança. “Não é um grande craque, daqueles que fazem grandes dribles, mas finaliza muito bem. Tanto nas bolas aéreas, como aquelas que vêm dos lados, em que é preciso concluir”, refere Geninho.

O treinador reconhece que “nem sempre é fácil a adaptação a um grande clube como o Benfica”. “A exigência é grande e não dá tempo de adaptação. Pode ser que este golo venha ajudar e ele tenha mais tranquilidade para mostrar o seu futebol”, adianta, ainda que considere que Portugal seja o país mais fácil para quem chega do Brasil se adaptar.

Mesmo assim, Geninho alerta que o ponta-de-lança não é jogador de fazer levantar estádios com fintas e dribles. “Cabral é um finalizador, não é um jogador de ir atrás buscar a bola e fazer dribles como os adeptos gostam. Ele depende muito de ser servido pelos companheiros”, especifica. “É o jogador do último toque, que pode participar em apenas dois ou três lances num jogo e decidir”, completa.

Em Salzburgo, bastou apenas um lance para fazer a diferença e colocar o campeão nacional no playoff da Liga Europa.

O treinador lembra-se de um jogador com “golo”. “Ele sempre foi muito voluntarioso, ajudava na pressão e a reorganizar a equipa. Tinha golo, embora não marcasse em todos os jogos. Como disse, não era de ir atrás buscar a bola. Quanto muito descia até à meia lua ou assistia um companheiro. Era mais de último toque”, reforça.

Contratado à Fiorentina no verão, para substituir Gonçalo Ramos, transferido para o Paris Saint-Germain, Cabral, de 25 anos, conta 3 golos marcados em 17 jogos: 1 na Liga dos Campeões, 1 na Taça de Portugal e 1 na Allianz Cup. A época passada, sagrou-se melhor marcador da Liga Conferência, com 7 golos, judando o emblema italiano a chegar até à final.


Em apenas quatro dias, Arthur Cabral passou de mau da fita a herói. Depois de ter reagido com gesto …


Por Nuno Martins





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Marc Valldeperez

Soy el administrador de marcahora.xyz y también un redactor deportivo. Apasionado por el deporte y su historia. Fanático de todas las disciplinas, especialmente el fútbol, el boxeo y las MMA. Encargado de escribir previas de muchos deportes, como boxeo, fútbol, NBA, deportes de motor y otros.

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