Ainda não foi desta que Famalicão e Chaves conseguiram pontapear as crises que estão a viver. O jogo acabou com um empate 2-2, numa partida onde a primeira parte foi entretida, mas a segunda deixou algo a desejar. Héctor abriu de penálti, Chiquinho assistiu e marcou – de bicicleta! -, mas Rúben Ribeiro nivelou as contas no início da segunda parte. O Famalicão criou e fez mais por vencer, mas as alterações criaram instabilidade e tiraram dinamismo à equipa famalicense.
Chiquinho foi de bicleta, o Chaves andou a passo
Depois de desaires consecutivos e com objetivos mal encaminhados, Famalicão e Chaves encontraram-se no Minho com algo em comum: a necessidade de inverter o ciclo. O Famalicão vinha de cinco jogos sem vencer e o Chaves apenas perdeu seis dos últimos sete jogos. Em relação ao jogo na Luz, apenas Otávio saiu do onze dos minhotos, para dar lugar a Justin. Do lado do Chaves, que perdeu pela margem mínima no Dragão, Guima e Langa sairam (para a CAN), tal como Ricardo Moura, que deixou a baliza à guarda de Hugo Souza, e de Sanca, para a entrada de Benny.
A partida começou pouco intensa. O Famalicão quis controlar desde cedo a posse de bola, mas as ligações foram feitas de forma muito vagarosa e o Chaves ia conseguindo controlar a vontade do Vila Nova em ritmo-médio baixo. Através de bolas paradas, os transmontanos criaram alguns calafrios, mas sem sucesso.
Chiquinho fez a diferença @Catarina Morais / Kapta +
Numa das poucas entradas do Chaves na área adversária em bola corrida, surgiu o golo inaugural. Nathan pisou Rúben Ribeiro e Héctor, de penálti, fez o 0-1 para o Chaves. A partir daí, só se viu Famalicão. Os flavienses tentaram reduzir os ritmos do jogo, com perdas de tempo sucessivas e abdicaram da bola. Os da casa gostaram desta estratégia e partiram para cima com tudo.
Depois de alguns avisos e dez minutos depois do golo do Chaves, empatou o Fama. Moura lançou Chiquinho, que assistiu Theo Fonseca. O luso-francês não tremeu à boca da baliza e galvanizou os da casa. O Famalicão prontificou-se para fazer o segundo rapidamente e Chiquinho, de longe, atirou ao poste. Dois minutos depois, remontada no marcador, da melhor forma possível.
O livre de Justin bateu na barreira, a bola ficou no ar e o resto é história. Chiquinho, de bicicleta, fez levantar o Municipal. Genialidade de Chiquinho – o melhor do primeiro tempo – e resultado justo, penalizando a abordagem muito defensiva e pouco agressiva do Chaves no pós-golo.
Chaves nivelou, ritmo abrandou
Moreno não estava satisfeito com o rumo do jogo e alterou ao intervalo. Pinho e Sanca foram lançados e o impacto foi quase imediato. A equipa flaviense cresceu a olhos vistos e conseguiu penetrar mais vezes a defesa adversária. Com dez minutos do segundo tempo, Hélder Morim cruzou para a área, Justin quase marcou autogolo (valeu Júnior) e, na recarga, Rúben Ribeiro, solto de marcação, empatou novamente a partida. Tínhamos jogo!
O Famalicão caiu a pique e foi difícil reencontrar o ritmo. Com um jogo mais pausado, tentava procurar a altura certa para romper linhas, mas o Chaves organizou-se bem defensivamente (mais alto que da última vez). Mihaj ainda atirou à barra, na sequência de uma bola parada, mas as alterações fizeram o jogo ir perdendo cada vez mais ritmo, tornando-o mais previsível.
O nó ficou difícil de desatar, mas o Famalicão tentou o pressing final, no assalto à vitória. Já assumidamente com dois avançados (Henrique Araújo entrou) o Fama conseguiu chegar ao último terço, mas más decisões e passividade com a bola nos corredores tornou tudo mais difícil. Liimata acrescentou critério, mas não teve frieza no momento da finalização.
Ambas as crises acentuadas, tudo terminou nivelado.
