Fútbol

Braga ganha Taça da Liga nos penáltis – Contacto (LU)


Pena, o Estoril. Grande, o Braga. Desce o pano sobre a segunda competição da época e a Taça da Liga é do Braga, numa final jogada sempre para a frente e decidida nos penáltis, também eles emocionantes e bem marcados. Só o décimo e último erra o alvo e desata a alegria para o favorito.

A incerteza é infinita, bem-vindo à Taça da Liga 2023-24. Ainda na fase de grupos, o Estoril provoca uma surpresa maiúscula com uma vitória inequívoca sobre o FC Porto (3:1) e consequente apuramento para a fase seguinte mais o adeus prematuro do adversário directo dessa noite.

Já na ½ final, o Braga surpreende o Sporting por 1:0 e, um dia depois, o Estoril elimina o Benfica no desempate por grandes penalidades. De um momento para o outro, a sonhada final Sporting vs. Benfica é trocada por uma decisão entre os outsiders. Se o Braga já é classe alta, por estatuto, história e injecção financeira, o Estoril continua numa hierarquia inferior e é só classe média.

Adiante, por (muitas) vezes, o futebol escapa à lógica e o Estoril entra na final com a firme disposição de fazer história. Os primeiros minutos traduzem essa bonita realidade e a ousadia vale um golo de penálti, marcado com ajuda do VAR por falta de Fonte sobre Cassiano. O lance até é corriqueiro, à primeira vista. Depois, com olhos de ver, Cassiano tropeça na perna de Fonte na cara do guarda-redes Matheus. O árbitro Fábio Veríssimo nem precisa de muito segundos para se aperceber do erro. Ele, que apitara falta ofensiva, dá a volta ao texto e assinala a marca dos 11 metros. Cassiano, sempre ele, vai com calma para a bola e atira-a para o seu lado direito. Matheus atira-se para a sua esquerda e adivinha o lado, só que a bola é bem colocada.

É golo, o Estoril está em vantagem ao sexto minuto. O Braga retoma o jogo com se nada fosse. Aliás, as imagens televisivas mostram a descontracção do experiente João Moutinho a falar tranquilamente com os companheiros, como quem diz falta muito para isto acabar. E; na verdade, o Braga toma conta do jogo. Vai daí, Daniel Figueira faz uma defesa espantosa a um pontapé de Ricardo Horta aos 9’.

O capitão repetiria o gesto, aos 20’, agora na sequência de um canto, e sai a celebrar. O golo do empate é um hino ao futebol e aos lances estudados. É um canto da esquerda, batido por Zalazar para fora da área, onde Ricardo Horta acerta um pontapé perfeito. Tudo é mágico. E faz lembrar mais ou menos aquele golo do mesmo Braga ao Union, em Berlim, nesta época para a Liga dos Campeões, se bem que aí o canto (também da esquerda) reúne um terceiro actor. Atenção, muita atenção, Ricardo Horta é repetente em golos na final da Taça da Liga: vs. FC Porto em 2019.

A partir daí, tanto Braga como Estoril jogam para a frente, sempre sem medo da vertigem do golo. A discussão pela posse da bola é sempre corrida, sem faltas por aí além. O ritmo é excitante, a pulsação da final está elevada, só escasseiam as oportunidades de golo. Zero, nesse aspecto. E só com a proximidade do desempate por grandes penalidades é que os guarda-redes aparecem. Neste caso específico, é mais Daniel Figueira. O do Estoril impede com as pernas o 2:1 de Pizzi aos 84’. Quando se levanta a placa dos seis minutos de acréscimos, o Braga ganha um canto. Mais um, sinal de superioridade técnica e física nos últimos 15 minutos. O Estoril encolhe-se, defende o empate como se fosse um bem maior, algo que já sucedera na quarta-feira, vs. Benfica. E o resultado prático é a inédita qualificação para a final, com aquele remate do central Bernardo Vital no frente a frente com Trubin.

E hoje, como será? O Estoril aguenta o empate sem problema, os segundos passam, os minutos idem, isto vai dar penáltis. O desempate é emocionante até ao décimo remate. Os anteriores nove resultam todos em golos, uns em jeito, outros em força. O décimo nem vai à baliza, Tiago Araújo atira com o pé esquerdo para fora e o Braga sai a festejar. É a sua terceira Taça da Liga. Ao Estoril a consolação de jogar positivo, na segunda final perdida em duas na sua história (8:0 do Benfica em 1944, para a Taça de Portugal).

Com Fábio Veríssimo no apito (natural de Peniche, pertencente à AF Leiria), eis os actores principais e secundários no Municipal em Leiria.

BRAGA Matheus; Víctor Gómez (Joe Mendes 76’), José Fonte (Serdar 76’), Paulo Oliveira e Borja; Vítor Carvalho (Al Musrati 67’) e João Moutinho; Álvaro Djaló (Roger Fernandes 56’), Zalazar (Pizzi 67’) e Ricardo Horta; Abel Ruiz

Treinador Artur Jorge (português)

ESTORIL Daniel Figueira; Pedro Álvaro (Volnei 63’), Bernardo Vital e Mangala; Wagner Pina, Mateus Fernandes, Koindredi (Holsgrove 60’) e Tiago Araújo; Rafik Guitane (Heriberto 85’), Cassiano (Alejandro Marqués 60’) e João Marques

Treinador Vasco Seabra (português)

Marcha do marcador 0:1 Cassiano (6’ gp); 1:1 Ricardo Horta (20’)

Desempate por grandes penalidades Ricardo Horta (1:0), Volnei (1:1), João Moutinho (2:1), Alejandro Marqués (2:2), Abel Ruiz (3:2), Heriberto (3:3), Pizzi (4:3), Wagner Pina (4:4), Al Musrati (5:4) e Tiago Araújo (para fora)



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Marc Valldeperez

Soy el administrador de marcahora.xyz y también un redactor deportivo. Apasionado por el deporte y su historia. Fanático de todas las disciplinas, especialmente el fútbol, el boxeo y las MMA. Encargado de escribir previas de muchos deportes, como boxeo, fútbol, NBA, deportes de motor y otros.

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