Semáforo da Liga: Goleadores em Vizela e Vila do Conde e um choque de realidade em Barcelos – Flashscore.pt

Semáforo da Liga: Goleadores em Vizela e Vila do Conde e um choque de realidade em Barcelos

No final de cada jornada da Liga Portugal, o Flashscore apresenta-lhe um balanço do que mais de relevante aconteceu nos nove jogos do principal escalão do futebol português, catalogado através das três cores do semáforo. O verde para destacar um momento positivo, o amarelo para assinalar algo impactante/relevante e o vermelho para um ponto menos positivo de cada ronda. Vamos aos três momentos da 23.ª jornada.

VERDE: Homem-golo em Vizela

A viagem do Vizela na presente edição da Liga tem sido uma verdadeira montanha-russa de emoções, com mais momentos negativos do que propriamente positivos. A última jornada, marcada pela receção ao Estoril (3-3) é sintomática deste estado de espírito que se vive em território vizelense.

A equipa de Rúben de la Barrera, em agonia no último lugar da tabela classificativa, teve o jogo contra os estorilistas – adversário direto na luta pela manutenção – completamente na mão, mas deixou fugir (quase) tudo no último quarto de hora de jogo.

No meio de tamanha deceção, há um nome que se destaca e tem destacado entre os demais: Samuel Essende. O avançado francês, que assinou no mês de janeiro em definitivo pelo Vizela, depois de passar a primeira metade da época emprestado pelo Caen, marcou dois golos e reforçou o seu estatuto de melhor marcador do clube na história da Liga.

Os 13 golos marcados pelo camisola 99 representam 57% dos golos do Vizela na presente edição do campeonato português. E isso diz muito do que tem sido Essende e o que (não) tem sido o Vizela.

AMARELO: A resiliência de Aziz

O Rio Ave teve a oportunidade de inscrever novos jogadores na época 2023/24 apenas no mercado de janeiro, mas o grande reforço para a equipa de Luís Freire foi mesmo um jogador que já tinha contrato com o emblema de Vila do Conde, que estava emprestado. Trata-se de Yakubu Aziz, avançado ganês que tem sido um porto de abrigo para a equipa rioavista.

Aos 25 anos, Yakubu passou por muito no futebol e na vida. De uma infância complicada no Gana até a uma lesão gravíssima que lhe adiou o sonho quando estava à beira da afirmação no Vitória SC, o avançado deu sempre a volta por cima e deixou um rasto de golos por onde passou. O Estoril e os chineses do Wuhan Three Towns aproveitaram ao máximo os seus dotes, mas o Rio Ave também não se pode queixar.

Depois de ter ajudado na subida de divisão em 2021/22 e da afirmação na Liga, em 22/23, Yakubu Aziz regressou para ajudar o Rio Ave na segunda metade da presente temporada e tem sido bem sucedido nessa missão: quatro golos em sete jogos, dois deles no recente empate frente ao Sporting (3-3).

VERMELHO: Dragão de duas caras

O FC Porto foi um dos grandes derrotados da 23.ª jornada da Liga e nem sequer perdeu. Mas o empate sofrido em Barcelos (1-1) deve ser sentido quase como uma derrota, sobretudo pela forma como aconteceu, em tempo de descontos, e pela implicância que isso tem nas contas do título… e da luta pela Liga dos Campeões.

Os dragões visitavam o Gil Vicente depois de uma importante vitória na prova milionária, mas voltaram a escorregar na Liga – são já 20 pontos perdidos, a dois da pior prestação da era Sérgio Conceição – e ainda faltam 11 jornadas até ao final do campeonato.

“Perdemos mais dois pontos. Temos de assumir isso. Vamos olhar e perceber o que faltou. Não vale a pena estar com conversas. Faltou o segundo, o terceiro e o quarto golo. Tivemos sete, oito oportunidades. Metemo-nos a jeito”, disse o treinador portista no final do encontro.

Com mais um jogo do que o Sporting, o FC Porto encontra-se a sete pontos dos leões e a nove do Benfica, isto numa edição que só qualifica os dois primeiros classificados para a próxima edição da prova milionária. Há sempre a possibilidade de conquistar um passaporte via conquista da Champions, mas aí o caminho é ainda (muito mais) sinuoso.

É preciso mais no caminho que falta, até porque o SC Braga está à espreita. Ou seja, os azuis e brancos devem concentrar-se em quem vai na frente, mas sem nunca menosprezar quem está logo atrás.