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Benfica Roger Schmidt Antevisão FC Porto Liga – Sport Lisboa e Benfica


ANTEVISÃO

Uma equipa pronta para “lutar os 90 minutos”! É essa a garantia deixada pelo técnico Roger Schmidt na antevisão do duelo entre o Benfica e o FC Porto, da 24.ª jornada da Liga Betclic, agendado para este domingo, 3 de março, às 20h30, no Estádio do Dragão.

No Benfica Campus, local em que as águias trabalham diariamente e onde se realizou a conferência de Imprensa de antevisão na véspera do clássico, Roger Schmidt afirmou que não tem dúvidas de que os seus atletas estão “prontos” e, sobretudo, “acreditam muito” em si próprios. O treinador reconhece a dificuldade da deslocação, enaltece a ambição da formação que comanda e reforça a “qualidade e a mentalidade” dos seus jogadores.

Após um jogo intenso para a Taça de Portugal [frente ao Sporting], como foi a recuperação do grupo de trabalho e quais são as suas expectativas para o clássico deste domingo?

É o próximo jogo de topo. Ter estes dois jogos fora de casa, um na quinta-feira e outro no domingo, são os mais difíceis que podemos ter. Tentámos o nosso melhor para recuperar e estarmos prontos para o jogo de amanhã [domingo, 3 de março]. É um jogo importante, sabemos que é muito difícil jogar no terreno do FC Porto. É um jogo muito importante para as duas equipas. Eles [FC Porto] mostraram também muito boa qualidade nas últimas semanas, especialmente na Champions League, por isso esperamos esse nível. Estamos preparados para isso e tentaremos o nosso melhor para vencer o jogo.

“É um jogo importante, sabemos que é muito difícil jogar no terreno do FC Porto. […] Estamos preparados para isso e tentaremos o nosso melhor para vencer o jogo”

Roger Schmidt

O Benfica já enfrentou o FC Porto duas vezes nesta temporada, e o míster Roger Schmidt já conhece bem o adversário. Ainda há espaço para surpresas?

Já os enfrentámos duas vezes nesta temporada e conhecemos o FC Porto muito bem, mas sabemos que é sempre muito duro jogar contra eles. Não é por termos vencido duas vezes que vamos ganhar amanhã [domingo], porque são sempre jogos muito desafiantes. Eles mudaram um pouco o seu sistema e a sua abordagem. Se olharmos para a sua organização tática, vemos uma equipa muito compacta, que defende muito bem, muito boa nos momentos de transição, em alerta na luta pelas segundas bolas e que tenta atacar a profundidade com os seus jogadores da frente. É difícil jogar contra eles. Não é fácil criar ocasiões de golo e temos de estar muito bem organizados, porque não lhes podemos dar espaço. Também é diferente jogar contra o FC Porto em casa, num campo neutro, como aconteceu na Supertaça, ou no estádio deles. Desta vez têm a vantagem de jogar em casa, mas estamos prontos para lutar os 90 minutos pelo melhor resultado possível.

Sente que a pressão em torno do FC Porto para chegar aos lugares da frente pode influenciar positivamente o Benfica?

Não vejo a pressão como um fator decisivo. Um duelo entre FC Porto e Benfica é sempre de alto nível. As duas equipas têm boas razões para ganhar o jogo e dar tudo o que têm. Penso que a classificação atual não vai influenciar o jogo. Se estivéssemos iguais na tabela, o jogo teria o mesmo peso.

Roger Schmidt

“As duas equipas têm boas razões para ganhar o jogo e dar tudo o que têm”

Já jogou contra Sporting e FC Porto. Qual dos dois gosta menos de enfrentar?

É muito difícil comparar as equipas. Como sempre disse, a Liga portuguesa é muito exigente e, se queremos ganhar títulos, temos de lutar contra estas equipas, e também contra o Braga. Todas as equipas têm muita qualidade, treinadores muito bons e abordagens diferentes. Quando jogamos estes jogos, temos de encontrar soluções. Os jogos são sempre muito equilibrados e decidem-se pelos detalhes. Na quinta-feira não jogámos ao nosso melhor nível entre o primeiro e o segundo golos [do Sporting]. Começámos bem e, após o 2-0, jogámos de maneira diferente, como queríamos jogar desde início. Existiram fases diferentes no jogo. Na minha opinião, perdemos, mas, ainda assim, vimos muita qualidade e mentalidade da minha equipa. Ser capaz de reentrar no jogo após o 2-0, lutar pelo empate e pela vitória, mostra que a equipa acredita muito em si própria, sobretudo nos momentos complicados. Isso dá-nos muita confiança para jogos difíceis, como o de domingo frente ao FC Porto.

Roger Schmidt

“Ser capaz de reentrar no jogo após o 2-0, lutar pelo empate e pela vitória, mostra que a equipa acredita muito em si própria, sobretudo nos momentos complicados. Isso dá-nos muita confiança para jogos difíceis”

O Benfica só viaja no domingo para o Porto. Porquê? Teme que a viagem de autocarro, considerada um pouco longa, tenha impacto na concentração da sua equipa?

Já fazemos isso há ano e meio. Mudámos um pouco a nossa abordagem para dar aos jogadores o máximo de tempo de descanso, o máximo de tempo possível para poderem estar em casa, a relaxar e a recuperar. Temos uma experiência muito boa com esta abordagem, especialmente quando jogamos à noite e muito tarde. Se tivermos, como atualmente, um jogo de três em três dias durante muitas semanas, penso que é muito importante para os jogadores descansarem e terem a mente livre. Temos feito isso, os jogadores apreciam e têm mostrado nos jogos muito boas performances. Retiramos benefícios desta abordagem.

Roger Schmidt

“O árbitro [do dérbi da Taça] merece ser criticado, pois tomou uma decisão muito má! […] A ideia do futebol não é encontrar qualquer razão para anular golos, mas sim a de marcar golos. […] O nível dos árbitros e das decisões nestes jogos de topo tem de estar a um nível diferente”

Di María deixou uma mensagem na rede social Instagram e a APAF entende que este criticou a arbitragem do encontro frente ao Sporting [1.ª mão da meia-final da Taça de Portugal na quinta-feira, 29 de fevereiro] por causa do golo que marcou e que foi invalidado. Sente que o balneário ficou revoltado com esse golo anulado?

Não, não li isso. Mas consigo entender se criticou o árbitro, porque o árbitro merece ser criticado, pois tomou uma decisão muito má! Marcámos um segundo golo de forma clara, foi 100 por cento golo. Ninguém, mas mesmo ninguém consegue convencer-me de que o golo foi em offside. Porque a ideia do futebol não é encontrar qualquer razão para anular golos, mas sim a de marcar golos. E este golo foi um bonito golo e decisivo. Foi uma pena o árbitro ter cometido este erro de anular o golo, porque foi uma situação no jogo em que mudámos o momento do jogo. Foi uma pena também para os adeptos, porque seria muito interessante, se este golo fosse validado, ver o que aconteceria no jogo, porque toda a gente sentiu que o jogo mudou com este segundo golo. É a minha opinião, e é muito clara! Toda a gente viu o que aconteceu na situação da grande penalidade [foi assinalada por Fábio Veríssimo, mas revertida por fora de jogo antecedente de Gyökeres]. O árbitro queria assinalar grande penalidade nesta situação? Foi embaraçoso o que [Marcus] Edwards fez na área. Foi uma situação desrespeitosa, tentar enganar e obter um penálti, mas também foi embaraçoso que o árbitro quisesse assinalar este penálti. Todos concordamos com isso. O nível dos árbitros e das decisões nestes jogos de topo tem de ser diferente e tem de estar a um nível diferente. E neste jogo penso que não esteve a um nível de topo. Por isso, entendo a 100 por cento que Ángel [Di María] não esteja satisfeito com a decisão.

Nos últimos jogos tem apostado num ataque mais móvel, mas acabou por tirar Arthur Cabral do onze quando este estaria a viver o seu melhor momento de forma. O jogador não pareceu muito satisfeito no final do jogo frente ao Sporting. Teve oportunidade de falar com ele sobre esse momento e sobre a sua decisão de ter uma aposta diferente no onze? O ataque móvel é para manter?

Temos de pensar sempre no equilíbrio da equipa em primeiro lugar. Procuramos a melhor abordagem, tanto em termos do onze inicial como dos jogadores que ficam no banco. Está do lado dos jogadores trabalharem ao seu melhor nível em cada treino e em cada minuto que jogam pelo Benfica. Se eles derem 100 por cento, forem melhores que outros jogadores e contribuírem para a equipa ficar melhor, vão jogar. É muito fácil. Dou as mesmas oportunidades a todos, e eles contribuem para a minha tomada de decisão.

Roger Schmidt

“Cabe a eles [jogadores] mostrar que conseguem ser completos em tudo […]. Serem jogadores táticos, que se envolvam na pressão, na contrapressão, e compactos em termos táticos, nas transições ofensivas e defensivas; têm de mostrar o pacote completo, total. Não é suficiente marcar golos, não é suficiente para jogar no Benfica”

Arthur Cabral marcou vários golos e tem ficado no banco dos suplentes, Marcos Leonardo também começou bem e nos últimos três jogos só fez um minuto. Pode esta gestão pode afetar a confiança dos avançados?

Todos os jogadores querem jogar de início e durante os 90 minutos. A minha tarefa não é colocar os jogadores apenas porque marcam golos. Por exemplo, marcámos seis golos com o Vizela, jogámos contra o Portimonense e marcámos quatro golos… Penso que não temos problemas para marcar golos. A minha tarefa é encontrar sempre o melhor equilíbrio da equipa para controlar e dominar o jogo, com bola e sem bola, na contrapressão e na pressão alta… Tomo as minhas decisões sempre em função disso. Todos os avançados conseguem marcar golos, disso não tenho qualquer dúvida. Mas também podemos marcar golos quando, às vezes, estão no banco dos suplentes. Mesmo que marquem [os avançados] um ou dois golos seguidos, isso, para mim, não é decisivo. Penso que todos os jogadores devem aceitar e estar preparados para isso. Cabe a eles [jogadores] mostrar que conseguem ser completos em tudo, não apenas a marcar golos. Serem jogadores táticos, que se envolvam na pressão, na contrapressão, e compactos em termos táticos, nas transições ofensivas e defensivas, têm de mostrar o pacote completo, o total. Não é suficiente marcar golos, não é suficiente para jogar no Benfica.



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Marc Valldeperez

Soy el administrador de marcahora.xyz y también un redactor deportivo. Apasionado por el deporte y su historia. Fanático de todas las disciplinas, especialmente el fútbol, el boxeo y las MMA. Encargado de escribir previas de muchos deportes, como boxeo, fútbol, NBA, deportes de motor y otros.

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