“A importância da formação no percurso de um jogador até ser profissional” foi tema da conferência da Liga Portugal Business School, no Estádio do Bessa Séc. XXI
À margem das emoções do LP Youth, o Estádio do Bessa Séc. XXI acolheu, esta sexta-feira, uma conferência organizada pela Liga Portugal Business School, no âmbito da Pós-Graduação em Organização e Gestão no Futebol Profissional, sobre “A importância da formação no percurso de um jogador até ser profissional”. Especialistas de várias áreas deixaram contributos valiosos para a abordagem deste tema.
O auditório do recinto portuense recebeu o treinador Fernando Valente, com experiência em realidades tão diversas como a da China ou a da Ucrânia, que se juntou a Tiago Moura, diretor Departamento de Formação do Vitória SC, Rui Silva, coordenador das Escolas de Futebol do SC Braga, e Henrique Alexandre, coordenador da Academia do Boavista FC, numa conversa moderada por Eduardo Abreu, da Liga TV. Além dos alunos da Pós-Graduação em Organização e Gestão no Futebol, a conferência foi aberta aos dos cursos de Gestor Desportivo no Futebol Profissional e de Organização de um Clube de Futebol Profissional, bem como a estudantes da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
Fernando Valente defendeu que “a criação de infraestruturas é o primeiro passo para que se possa crescer, mas depois é preciso aliar o ‘know how’ dos profissionais, pois para desenvolver talento é preciso talento”. Além disso, sublinhou, “é necessário ajudar as crianças a crescer; se não forem jogadores de futebol, pelo menos a serem grandes pessoas”.
Rui Silva reforçou esta ideia com a experiência do SC Braga. “A construção da Cidade Desportiva permitiu um acompanhamento mais próximo do atleta, tanto a nível desportivo como académico”, explicou: “Damos uma grande importância à parte académica. A forma como nos organizamos permite que, no fim das atividades letivas, os atletas possam estar nas salas de estudo, apoiados por professores.”
Tiago Moura apresentou a realidade da formação do Vitória SC, marcada por uma estreita relação com a comunidade: “Avaliamos o comportamento dos jogadores na escola e no período de estudo; temos acordos com escolas que permitem negociar horários para que os atletas possam praticar as atividades desportivas. Damos uma grande importância à parte da cidadania, avaliamos os comportamentos dos atletas na comunidade. O Vitória aposta muito na formação dos atletas, tenta angariar o maior número nas escolinhas para desenvolvê-los”.
No Boavista FC, contou Henrique Alexandre, “a academia dá todo o apoio aos atletas para que cheguem ao topo, não só em termos desportivos, mas também como cidadãos” e a formação combina a atenção à “parte académica” com a “colaboração dos pais”, outro fator importante na formação: “Todos os anos saem do Boavista atletas para os grandes clubes portugueses, o objetivo é os atletas atingirem a profissionalização.”
