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Derrotas com a Eslovénia e Geórgia, Ronaldo e Pepe: tudo o que disse Bruno Fernandes | Abola.pt – A Bola


Internacional português recordou o amigável com os eslovenos em março, fez um resumo da fase de grupos de Portugal e falou sobre a experiência dos capitães

Portugal defronta a Eslovénia, esta segunda-feira, em jogo dos oitavos de final do Euro 2024 e Bruno Fernandes aproveitou para recordar a derrota sofrida num dos quatro jogos de preparação em março.

– Pontos fracos desta seleção, onde possam ferir a Eslovénia?

– Obviamente tivemos a possibilidade de os defrontar num amigável, onde até não os conseguimos vencer, mas que foi importante para agora ter algumas imagens e algumas ideias do que podemos fazer. Vamos ter de ser pacientes, porque sabemos que eles defendem com um bloco muito baixo, com muita gente na área. Sabemos que são muito agressivos, fisicamente muito fortes, temos de tentar ao máximo cansá-los com bola, fazê-los correr, porque sabemos também que têm uma capacidade muito grande no contra-ataque, porque os dois avançados combinam muito bem e tem muita capacidade para fazer grandes jogadas juntos, muitas vezes isolados e acho que o mais importante para nós será fazer o melhor das nossas valências para termos um resultado aqui, obviamente tentando ao máximo dar o menor espaço possível para eles.

– O que retiraram de menos positivo com a Geórgia e de positivo nos outros dois jogos?

– Sim, podemos ir um bocadinho por aí. Acho que, provavelmente, no contra-ataque podem ser um pouco mais perigosos, como eu disse, os avançados combinam muito bem, às vezes isoladas até, conseguem transitar e dar grande profundidade à equipa. Eu acho que há muitas coisas positivas a retirar da fase de grupos, como há coisas negativas a retirar do jogo contra a Turquia, onde por exemplo, ganhámos 3-0 e parece que tudo correu da melhor maneira. O último jogo contra a Geórgia, o resultado foi negativo, mas houve muitas coisas positivas que nós vimos durantes estes últimos dias e avaliamos. Houve coisas negativas também, porque, obviamente, quando se perde um jogo tem de haver pontos negativos, mas num todo a qualificação foi feita, não da maneira que nós queríamos, porque queríamos ter três vitórias em três e não conseguimos, mas conseguimos passar à próxima fase em primeiro lugar, o que era o mais importante. Tivemos tempo para avaliar esses três jogos e agora também sabemos que vai ser um pouco diferente, porque é o mata-mata e agora neste momento não há tempo para pensar muito naquilo que foi, mas sim naquilo que será.

– Qual é o objetivo mínimo no Euro?

– Não, o objetivo mínimo é ganhar todos os jogos e ganhar todos os jogos significa ir até à final e ganhar a final. Não há aqui mínimos para nós, vamos olhar jogo a jogo, só assim é que conseguimos chegar ao objetivo final, acho que nenhuma seleção vem para aqui a pensar que quer ir para casa mais cedo e Portugal muito menos porque somos muito competitivos, temos noção das nossas qualidades, das nossas valências e todos nós temos um objetivo em comum, que é chegar o mais longe possível e chegar o mais longe possível é chegar à final.

– Depois de uma época tão exigente no Man. United, parece que o Bruno chegou bem a este Euro, qual é o segredo?

– Não sei, descansar, muitas sonecas durante a tarde, que ajudam. Eu sou uma pessoa que gosta de estar sempre a competir, falei muitas vezes com o nosso staff técnico, que perguntam muitas vezes qual é a melhor maneira para um de nós, para encontrarmos aqui um balanço para todos estarmos na melhor capacidade física. Eu sou uma pessoa que gosto de competir e se puder competir de três em três dias, sinto-me melhor, mais preparado para os jogos, mais preparado mentalmente para aquilo que serão as dificuldades dos jogos e ao mesmo tempo acho que é a minha paixão e o meu amor pelo jogo que me faz estar sempre preparado em qualquer altura e a qualquer momento poder representar a nossa seleção ou o clube onde eu esteja a jogar.

– Uma seleção como a de Portugal que se assume como candidata ao Euro tem de recear a Eslovénia?

– Não temos de recear nenhuma seleção, temos de respeitar todas elas, porque todas têm as suas valências e o que nós fazemos aqui é não olhar a nomes. Não olhámos ao nome da seleção, olhámos aos nomes das individualidades que eles têm porque os temos de estudar. Esta seleção tem nomes importantes, nomes de grandes qualidades, nós temos muito respeito por eles e como eu disse tivemos um amigável com eles que perdemos, e isso tem de nos alertar que temos de fazer coisas diferentes, temos de tentar fazer coisas diferentes neste jogo para termos um resultado mais positivo. E como disse nós não vamos recear nenhuma seleção, independentemente no nome dela, para nós jogar este jogo ou jogar um jogo contra outra seleção que pode ser dita uma das candidatas ou uma das seleções mais fortes não muda nada porque o nosso objetivo é sempre ganhar.

– Esperava que a Eslovénia jogasse com um bloco baixo e Portugal tem tido dificuldades com isso, essa foi uma das preocupações de Roberto Martínez na preparação para este jogo?

– Eu sei que se tem vindo a falar muito principalmente depois do jogo com a Chéquia, mas obviamente eu acho que, por exemplo, eu que jogo a número 10, uma das coisas que por vezes as pessoas podem não entender… quando os blocos são tão baixos, não existe espaço entre linhas, logo não existindo espaço entre linhas é difícil que a bola entre entre linhas e tens que lateralizar um bocadinho o jogo, às vezes demasiado, mas manter a paciência, ter bola, não forçar e foi uma das coisas que eu disse após o jogo da Chéquia, que estava um bocadinho frustrado durante o jogo, porque queria tentar encontrar os meus avançados, os meus médios um bocadinho mais ofensivos, tentar que a bola entrasse entre linhas para tentar criar perigo, mas não havia esses espaços e nós tínhamos de lateralizar, tanto que os nossos dois golos vêm de cruzamentos, vêm de duas bolas lateralizadas, que conseguimos depois, uma delas, vamos à linha de fundo, voltamos, cruzamento, com o Nuno Mendes a ganhar a bola no segundo poste e surgir o autogolo e o segundo golo surge de mais uma bola do nosso central diretamente para o nosso ala, que depois consegue tirar o um para um, cruzamento, bola fica ali e o Francisco acaba por fazer o outro. Por isso o que eu refiro é que é paciência, paciência com bola, porque fazendo-os cansar e tendo bola estamos mais perto de fazer golo. E obviamente é difícil entrar quando os blocos são baixos e quando defendem bem, não é só o bloco ser baixo, a Chéquia defendeu muito bem e eu acredito que eles amanhã, por tudo o que nós vimos daquilo que foi o jogo contra nós no amigável, em que defenderam muito bem, por isso acaba por ser difícil, mas temos de encontrar soluções, se não dá para entrar por dentro tem de se ir por fora, tentar encontrar cruzamentos, encontrar a solução que nos dê sucesso.

– O Ronaldo já lhe proporcionou um golo, viu-o mais solidário e altruísta nesta seleção?

– Não, não o vejo mais, eu acho que até depois daquele golo surgir, surgiram mais imagens do Ronaldo a assistir e uma delas, se eu não me engano, foi ao Quaresma em 2012, provavelmente, acho que foi mais ou menos nessa altura. Por isso, obviamente que o Cristiano numa situação de um para um com o guarda-redes, qualquer avançado do mundo, não só o Cristiano, qualquer avançado do mundo, provavelmente, tem o seu foco em chutar e fazer golo, mas tomou aquela decisão que para ele naquele momento foi a mais certa e como eu disse depois do jogo, tenho a certeza de que se ele tivesse tomado a decisão de chutar à baliza o resultado seria o mesmo e as redes da baliza estariam a balançar de qualquer das maneiras. O mais importante para todos nós é que Portugal saia de vencedor disso e tenho a certeza e sei que para o Cristiano o mais importante também é que, como equipa tenhamos sucesso para que as próprias individualidades também se sobressaiam cada vez mais.

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– Pepe falou em concentração competitiva como algo essencial para ganhar à Eslovénia, sente que isto foi alerta para os colegas?

– Qualquer coisa que o Pepe diga é bem vista no grupo e é bem aceite, porque sabemos que o Pepe é um dos jogadores mais experientes neste grupo, é um dos jogadores mais experientes em fases finais de competições importantes. Juntamente com o Cristiano são os dois jogadores mais experientes, não vou dizer velhos, os jogadores mais experientes da nossa seleção. Por isso, obviamente, eu acho que o Pepe é sempre muito assertivo naquilo que diz, é uma pessoa muito fácil de lidar, muito aberta e muito honesta e tenho a certeza que ninguém leva de uma maneria não positiva aquilo que ele diz, até porque todos nós sabemos que a derrota demonstrou algumas das coisas que temos de melhorar e trabalhámos isso nestes últimos dias e amanhã é mostrar que essas melhorias foram feitas.

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– Desde que chegaram à Alemanha têm vivido numa bolha e numa onda de enorme euforia, o último jogo quebrou isso e se há frustração pelo último resultado?

– Frustração não diria, obviamente que após do jogo existe essa frustração, agora mais a frio estamos, digamos, mais tristes e desapontados sobre aquilo que foi o resultado, porque queríamos ganhar os três jogos da fase de grupos, queríamos dar essa alegria, não só para nós, mas para todos os que nos têm apoiado e que têm sido em grande número, até quando se falava que contra a Turquia não se iam ouvir, não ouvi mais nada para além dos portugueses, por isso sabemos e falámos sobre isso no grupo, sobre os sacrifícios que fazem para estarem aqui connosco, mas sentimos essa mesma conexão com os nossos adeptos, após o jogo com a Geórgia, após a derrota, onde fomos agradecer e sentimos na mesma o apoio, nos dias seguintes continuámos a sentir esse apoio. Eu sei que provavelmente há mais aspetos negativos que têm vindo ao de cima após um resultado negativo, mas todos nós aqui sabemos que o futebol funciona um bocadinho assim, um bocadinho de euforia, um bocadinho de altos e baixos, vamos muito rápido do 8 ao 80, por isso temos de manter a linha, estar ali no 50 e não ir do 8 ao 80 e deixar aquilo que tudo vem de fora, que é positivo e nos vem ajudar, ouvir e tentar fazer com que isso seja positivo para nós, o que é o caso dos nossos adeptos e toda a força que nos têm vindo a dar. E tudo aquilo que é negativo e não nos pode ajudar, tentar-nos abstrair disso e dentro do grupo trabalhar de maneira diferente para tentarmos conseguir os resultados positivos de que tanto ambicionamos.

– Já tivemos várias seleções ao longo da história, que jogaram muito bem e não ganharam, depois uma seleção que não jogou tão bem e ganhou, o que esperava deste Europeu do ponto de vista qualitativo da seleção se acha que ainda estão um pouco aquém do que o público espera e que vocês também esperam?

– Eu não gosto muito de tocar nesse ponto, porque hoje em dia fala-se muito de estatísticas e digamos que em todos aqueles que são os aspetos estatísticos a jogar com bola, somos as seleções que está melhor, uma das seleções com mais posse de bola, chegadas ao último terço, remates, qualidade para construir o jogo ofensivo, por isso eu não acho que seja jogar mal. Como falámos, obviamente, eu acho que temos sido mais respeitados do que fomos nos últimos anos ao nível de jogar com seleções que querem jogar mais baixo, bloco mais baixo, linhas fechadas, não dar espaço aos nossos jogadores, que entre linhas são muito fortes a criar jogo, que pode tornar esse aspeto negativo, digamos assim, mas eu acho que temos vindo a jogar bom futebol, acho que o demonstrámos na qualificação, acho que os dois primeiros jogos, eu provavelmente digo que o jogo com a Chéquia foi mais bem conseguido do que contra a Turquia, e o resultado não demonstra isso, porque no jogo contra a Turquia deixámos que o jogo ficasse aberto de maneira que fosse melhor para a Turquia, porque é uma seleção que joga melhor quando o jogo está partida, com espaços, são bons no contra-ataques, têm individualidades muito boas e nós permitimos que o jogo se tornasse assim um pouco na segunda parte. Enquanto no jogo contra a Chéquia onde provavelmente houve muito mérito nosso em mantê-los tão atrás que eles não conseguiram criar praticamente nada, agora queremos sempre melhorar, queremos jogar melhor, marcar mais golos, não sofrer golos e tornar cada vez mais o nosso jogo atrativo para que o nosso povo cada vez mais nos goste de ver jogar.

– Martínez raramente usa o mesmo onze inicial, para os jogadores é muito difícil adaptar-se a este estilo de jogo?

– Já estamos com ele há muito tempo, já jogámos muitos jogos com eles, vamos jogando com táticas diferentes, mas os padrões são os mesmos, portanto pouco muda jogar com três defesas ou quatro, todos na seleção jogam com um nível muito elevado, estão habituados a mudar as dinâmicas e isto muito bom, porque o mister também mudou a forma como os adversários nos vêm, podem estar preparados para nos enfrentar com uma determinada formação e nós no próprio jogo temos uma formação de que os adversários não estão à espera e, portanto, para já e até agora toda a gente tem feito aquilo que o mister pede para fazer e é bom ter esta agilidade, esta capacidade de mudar de tática de jogo para jogo ou até durante o jogo.

– Falou sobre os sistemas diferentes, contra um bloco baixo o que acha ser melhor, jogar com três centrais para ter mais espaço nas alas e mais espaço para si por dentro ou prefere uma equipa mais sólida?

– A melhor tática, digo eu, isto deve ser discutido com o mister, não sou eu que vou decidir o que é melhor, não sou eu que vejo dias e dias e dias de vídeo para tentar encontrar as melhoras soluções para os jogadores. Nós é que acreditámos na nossa equipa técnica, que fazem uma espécie de fotossíntese para nos dar sempre os melhores resultados.

– Não jogou em março quando Portugal perdeu, falou com os que jogaram e o que pensaram com a equipa eslovena?

– Eu não joguei, mas vi o jogo, falámos do jogo, recentemente, agora nos últimos tempos, porque é bom ter imagens e saber o que se passou neste jogo. A Eslovénia jogou muito bem, venceu o jogo e temos agora oportunidade de ver o que é que podemos fazer de diferente para os podermos atacar e para defendermos dos seus ataques mais fortes. Têm dois jogadores à frente que jogam muito bem, que combinam muito bem um com o outro, e que às vezes sozinho podem ser muito perigosos. São muito bons com bola, não têm medo de jogar, defendem muito bem na área, são a equipa com mais alívios… temos de encontrar uma maneira de os ferir, sabemos que têm um dos melhores guarda-redes do mundo, mas mesmo assim esperamos amanhã conseguir marcar.

– Pensa que a Eslovénia pode jogar melhor no que no amigável ou chegaram ao seu limite? E houve muitos jogadores que não jogaram lá, também podem melhorar?

– Todos podemos melhorar, eles, nós, todos. São duas equipas com grande qualidade individual, que podem marcar toda a diferença no jogo e para nós não interessa se os jogadores que não jogaram lá, porque nós confiamos em todos. Não interessa mudar os jogadores, porque o resultado podia ser o mesmo. Agora temos é de ver esse jogo, perceber o que podemos melhorar, para amanhã ter um resultado que nos sorria.

– A Inglaterra teve dificuldades com a Eslovénia, falou com alguns jogadores do Man. United para tentar perceber o que podem fazer para Portugal sair com um bom resultado?

– Não, não falei com eles. Tenho estado em contacto com eles, mas não temos falado dos jogos. Jogamos um futebol diferente, a Inglaterra joga de uma maneira e nós jogamos de outra, nada disto nos vai ajudar muito, tal como disse, confio nos meus colegas de equipa e nós, enquanto equipa, confiamos na equipa técnica para nos preparar para nos dar a melhor forma de gerir e ganhar este jogo.



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Marc Valldeperez

Soy el administrador de marcahora.xyz y también un redactor deportivo. Apasionado por el deporte y su historia. Fanático de todas las disciplinas, especialmente el fútbol, el boxeo y las MMA. Encargado de escribir previas de muchos deportes, como boxeo, fútbol, NBA, deportes de motor y otros.

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